Cultura da Convergência

A Convergência das Mídias é a interação e interconexão entre a imprensa, a rádio, a televisão, os telefones, os computadores e as tecnologias de rede. Ela prevê que toda a informação esteja disponível, a toda a gente, em todas as horas, em todos os lugares, em suporte digital (sob a forma de bits) onde será possível interagir com a própria informação, com o saber bem, como alcançar os centros de produção de conhecimento que lhe dão origem. (MCLHUAN)

A comunicação hoje é dinâmica. Há poucos anos a comunicação passava por alguns níveis até chegar no seu destino. Ex.: a televisão: um programa era gravado; transmitido para uma antena; retransmitido para o aparelho de televisão e somente neste ponto chegar ao destino.


A cultura da convergência é o "atalho" para esta comunicação, qualquer pessoa pode transmitir para qualquer mensagem, para qualquer mídia e retransmitida infinitamente. É a democratização do conhecimento e da informação.

"...uma cultura de convergência entre seres humanos e suas máquinas num processo de interação liberta. É uma cultura de criatividade e intelectual fundada na liberdade, na cooperação e na informalidade." (Castells, 2003, p. 45).

A questão é: é possível convergir todos os elementos informacionais, distribuídos nessas diferentes mídias, para sistematizar a busca e a recuperação da informação de maneira cada vez mais ágil e mais eficiente? Me atrevo a dizer que isto já está acontecendo. As bibliotecas tem se utilizados de novas mídias para divulgar e atender seus usuários. O uso de correio, MSN, Twitter e redes sociais, estreita os laços com o consulente. Não existe a necessidade de estar no espaço físico da biblioteca para ter um atendimento de referência, está pode ser realizada virtualmente.


Alguns serviços de informação, enviam mensagens pelo celular divulgando serviços. Os blogs tem sido muito utilizados para difusão do conhecimento igualmente.


As redes sociais são ambientes de troca profissional, debates e divulgação de resultados de pesquisa.




Fontes consultadas:


CASTELLS, Manuel. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. Disponível em: < http://books.google.com.br/books?id=nCKFFmWOnNYC&pg=PA45&dq=cultura+da+converg%C3%AAncia&hl=pt-br&ei=x_AETfvKGsL-8AaS85HnAg&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&ved=0CCoQ6AEwAQ#v=onepage&q=cultura%20da%20converg%C3%AAncia&f=false >. Acesso em: 12 dez. 2010.




MESQUITA, João. A Convergência das Mídias: do Mass ao Self Media. CITI: Lisboa, 1999. Disponível em: < http://www.citi.pt/estudos_multi/joao_mesquita/index.html >. Acessado em: 13 dez. 2010.

Redes Sociais

Em matéria publicada na revista Veja desta semana: "Você é viciado em redes sociais?", os autores citam uma pesquisa de Consultoria Nielsen que diz: 

Oito em cada dez brasileiros conectados têm contas ativas em sites como Orkut, Twitter ou Facebook... (Sbarai e Honorato).

Face parte dos brasileiros que tem contas ativas no Orkut, Twitter e Facebook, na mesma matéria da Veja tem um teste para saber o grau de viciado que se é nas redes sociais, fiz o teste, o resultado foi o seguinte:

Falar da sua vida na web, compartilhar fotos, vídeos e confidências nas redes... isso realmente não faz parte do seu cotidiano. Você pode se considerar um usuário casual de redes sociais. (Veja).

E resume o que sinto. Sou uma usuária relapsa, e isso não me faz falta. O que na verdade poderia colocar como um agravante é a falta de tempo, tenho um dia corrido, cheio de atividades e no trabalho não é permitido acessar essas redes, o que resta é o horário de estar em casa, mas não quero utilizar o computador nestes momentos e final de semana é com os amigos de carne e osso. Preciso do contato, não consigo me relacionar com o computador.

Fiz a disciplina de Estatística à distância, estava a ponto de desistir por não conseguir participar dos fóruns e dos chats, não conseguia, não conseguia produzir. Cheguei a escrever para a professora relatando minha dificuldade e esta foi muito compreensiva.

Fazer a manutenção deste Blog, foi um tormento, em cada momento que sentava para escrever, bloqueava.

Sobre as redes sociais também podemos citar o lançamento do filme que conta a história do criador do Facebook, Mark Zuckerberg. No filem é contada a história de como começou o Facebook, as intrigas e desentendimentos que ocorreram. E a ironia da história é que uma pessoa solitária cria uma rede capaz de unir pessoas.

Misturei tudo, redes sociais, chats, fóruns, blog, mas na realidade tudo é a Web, que pode contribuir muito para a difusão do conhecimento e a ligação de pessoas com necessidades e pesquisas semelhantes.

Fonte Consultada:

SBARAI, Rafael; HONORATO, Renata. Você é viciado em redes sociais?. Veja, [São Paulo], n. 2195, 15 dez. 2010. Disponível em: < http://veja.abril.com.br/testes/vicio-redes-sociais.shtml > Acesso em: 12 dez. 2010. 

Web Museus

Como exemplo de museu digital escolhi visitar o Museu da Pessoa, http://www.museudapessoa.net. Em um primeiro momento foi só por curiosidade pelo nome, mas depois fiquei encantada com a proposta: contar histórias de pessoas comuns. 

A visita ocorreu de forma rápida, o que foi uma lástima, visto que o espaço é riquíssimo, uma página leva a outra e eles possuem, na forma de texto toda a metodologia do museu, a proposta, como começou o porque se ser digital, vale a pena conferir.

Para visitar o Museu da Pessoa é preciso ter tempo, pois são histórias de vida que são ali apresentadas em forma de texto, alguns casos são vídeos, onde o próprio personagem conta sua história com um ponto histórico da cidade.

Tem um link falando sobre memória, como se constrói e qual a importância de preservá-la, e é possível acompanhar discussões sobre o tema e ler artigos da historiadora e Diretora do Museu Karen Worcman.

Este museu em sua própria concepção foi para ser virtual, dada a sua proposta: 

Narrativas são objetos intangíveis por sua própria natureza. Não cabia ao Museu da Pessoa transformá-las em objetos tridimensionais - i.e. ter como foco apenas a preservação dos suportes -, nem mesmo concentrá-las em um dado “espaço”.Nossa primeira conclusão foi a de que esta sede deveria ser virtual: uma base de dados organizada de forma a permitir amplo uso pela equipe do Museu da Pessoa assim como pelo público. (Worcman)

O uso de novas mídias para a difusão do conhecimento deve ampliar e no caso do Museu da Pessoa, se ele tivesse somente uma sede fixa eu e milhares de pessoas talvez nunca tivéssemos a chance de conhecê-lo.

Fontes Consultadas:

Museu da Pessoa. São Paulo. Disponível em: < http://www.museudapessoa.net >. Acesso em: 12 dez. 2010.

WORCMAN, Karem. Como histórias de vida mostram cidades invisíveis. São Paulo. Museu da Pessoa. São Paulo. Disponível em: < http://www.museudapessoa.net/blogs/memorias/karen_artigo_coreia_portugues.pdf >. Acesso em: 12 dez. 2010.

Jornais Digitais Nacionais

No Brasil os jornais digitais online iniciaram como apenas a cópia do material publicado em papel. Foi com o tempo que as páginas passaram a ser mais interativas, apresentar enquetes e tornar o leitor parte do jornal, pois o que antigamente era enviado à redação do jornal pelo correio, hoje pode ser através de e-mail. 

O profissional da informação pode utilizar estas diferentes fontes como material de pesquisa no serviço de referência. Por se tratarem de agências de notícias (que devem ser investigadas e asseguradas a sua veracidade),  estas fontes são confiáveis (não isentas de tendencialismo).

Na atual situação mundial, a informação é muito valiosa. Uma notícia que tem estampado os jornais é sobre fundador da WikiLeaks (rede que divulga documentos sigilosos), australiano Julian Assange, que é acusado de estupro na suécia, mas afirma que a acusação é falsa e que seria um pretexto para reduzir o impacto do conteúdo publicado em seu site sobre os abusos dos EUA nas guerras.

Fonte Consultada:

[REDAÇÃO Online]. Fundador do Wikileaks permanecerá detido até 14 de dezembro.Zero Hora, Porto Alegre, 07 dez. 2010. Disponível em: < http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Mundo&newsID=a3133952.xml >. Acesso em: 12 dez 2010.

Jornais Digitais Internacionais

O profissional da informação pode utilizar os jornais eletrônicos como fonte de pesquisa e por ter acesso a materiais de todo o mundo, assim consegue prestar uma informação mais completa para seu usuário.

Hoje em dia não é necessário aguarda que uma pessoa largue o jornal para que possa lê-lo, muitas pessoas ao mesmo tempo podem ter acesso a mesma informação.

No dia de hoje em jornais no mundo todo o assunto é Liu Xiaobo, escritor chinês ganhador do Nobel da Paz.

Segundo o El Clarin da Argentina o chinês continua preso e nem sua família foi autorizada a viajar para a premiação.

El Pais da Espanha define Liu e a prisão dele, como bode expiatório para o governo de Pequim, uma espécie de aviso para os opositores.

Corriere de la Sera da Itália traz as palavras do Presidente do EUA Barack Obama, afirmando que o chinês merece o prêmio muito mais que do ele, pois Liu "encarna valores universais".

Fontes Consultadas:

PRADOS, Luis. China utiliza a Liu Xiaobo como escarmiento para frenar la disidencia. El País, Madrid, 09 dez. 2010. Disponível em: < http://www.elpais.com/articulo/internacional/China/utiliza/Liu/Xiaobo/escarmiento/frenar/disidencia/elpepuint/20101209elpepuint_47/Tes >. Acesso em: 10 dez. 2010.


[REDAÇÃO Online]. El Nobel de La Paz, a uma silla vacía. Clarin, Buenos Aires, 10 dez. 2010. Disponível em: < http://www.clarin.com/mundo/Nobel-Paz-silla-vacia_0_387561438.html >. Acesso em: 10 dez. 2010.


REDAÇÃO Online. Nobel pace, Obama: «Liu Xiaobo lo merita più di me. Sia subito libero». Corriere della Sera, Milano, 10 dez. 2010. Disponível em: < http://www.corriere.it/esteri/10_dicembre_10/xiaobo-nobel-pace-oslo_0e0ce834-0429-11e0-b06d-00144f02aabc.shtml?fr=box_primopiano >. Acesso em: 10 dez. 2010.

Jornais Eletrônicos

Antes de discutir os jornais eletrônicos a pergunta que devemos fazer é: "estamos prontos para para a substituição do jornal impresso?"  

Com o advento da Internet publicações periódicas buscaram também seu espaço. Hoje encontramos sites da maioria dos jornais e revistas. O que no início foi apenas uma cópia do material impresso, hoje apresenta interatividade, links diversos e muito mais conteúdo que seus antepassados.

Os jornais eletrônicos estão sempre atualizados, não há a necessidade de aguardar a próxima edição para publicar.

Segundo Gumercindo Lafuente, diretor do El Pais, em palestra aos estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, o jornal deve ter compromisso, credibilidade e precisa ser útil. Em sua fala também ressaltou a necessidade de reinventar a profissão do jornalista e que estamos na era da interação.

Uma ferramenta útil é escrever-se para receber Feeds dos jornais e assuntos de interesse, assim se fica informado e se houver interesse pode se buscar o restante da notícia.

Lafuente também discursou sobre o que está por trás da notícia, a "informação" de um fato ocorre instantaneamente através de um simples aparelho de celular que pode publicar no Twitter. Cabe ao profissional ir a fundo desta notícia e oferecer algo mais. O leitor não se contenta somente com o básico.

A mudança significativa que ocorreu com os jornais online e diversos sites e blogs que divulgam todo tipo de informação é que não precisa esperar pelo horário do jornal, seja na televisão ou o impresso, através de um click temos acesso ao mundo.

Cabe ao profissional da informação disseminar essas mídias.

Voltando a pergunta do início:

"estamos prontos para para a substituição do jornal impresso?"

A discussão sobre a sobrevivência do material impresso, seja livro, revista ou jornal está em pauta, mas pouco se discute sobre a assessibilidade deste material se ele for só eletrônico. Segundo o Censo de 2010 o Brasil tem 190.732.694 habitantes (IBGE, 2010), e de acordo com pesquisa divulgada pelo IBOPE, mesmo com um crescimento de 5,9% em agosto, a Internet chegou a apenas 41,6 milhões de pessoas, isso representa 21% da população brasileira (IBOPE, 2010).

Sou conservadora, mas também realista, nem todo mundo passou para o mundo virtual.

A realidade nem sempre é tão doce quanto queremos. 


Fontes Consultadas:

Anotações de Palestra. 2010.

IBGE. Censo 2010: população do Brasil é de 190.732.694 pessoas. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1766&id_pagina=1>. Acesso em: 09 dez. 2010, 19:00.

IBOPE.Internet no Brasil cresceu 5,9% em agosto. 2010.  Disponível em: <http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&db=caldb&comp=pesquisa_leitura&nivel=null&docid=0A276B95D145374B832577B6007A5F6A>. Acesso em: 09 dez. 2010, 19:03.

Repositórios de Vídeos Educativos

Os repositórios de vídeos educativos são uma ferramenta para organizar e disponibilizar material com potencial pedagógico, segundo Sacrin "Os repositórios serão uma forma de acesso a conteúdos que certamente irão contribuir com o contexto educativo...". (2006, p. 360).

Os objetivos destes repositórios são:
- organizar, tratar e recuperar informação em multimídia;
- democratizar o acesso de vídeos do mundo todo;
- oferecer vídeos para diferentes usos.

O público-alvo são todas as pessoas que navegam na Web,

YouTube EDU

O YouTube foi fundado em 2005, mas o YouTube EDU não possui uma página de política específica. A única informação encontrada foi no blog: http://www.descolando.com.br/ que afirma: "Há cerca de três meses, o Youtube lançou o Youtube EDU" (maio, 2009).

No site Olhar Digital encontra-se um vídeo: http://olhardigital.uol.com.br/jovem/central_de_videos/youtube-edu-aulas-gratuitas-de-universidades-americanas/11143; com uma espécie de "propaganda" do YouTube EDU, no mesmo site disponibilizam o texto do vídeo onde informam: "...conteúdo produzido pelas instituições. UCLA, Stanford, Dartmouth e Universidade de Rhode Island são 4 entre as mais de 300 Universidades e colégios presentes por aqui, no espaço que já é o maior da rede quando o assunto é vídeo-aula. Hoje, mais de 65 mil vídeos de 350 cursos diferentes estão disponíveis para qualquer internauta.".

O Youtube EDU tem objetivos semelhantes aos demais repositórios, mas podem ser definidos desta maneira:

- organizar, tratar e recuperar informação em multimídia relacionadas com áreas do conhecimento;

- democratizar o acesso de vídeos acadêmicos do mundo todo;

- oferecer vídeos para uso educacional. 


O público-alvo são professores, estudantes, pesquisadores e comunidade da Web.


Um detalhe que chama atenção é a possibilidade de colocar legendas no idioma que quiser, testei esta ferramenta, mas a tradução não é muito confiável.

Fontes Consultadas:


ROZADOS, Helen Beatriz Frota. Tema 5: Repositórios e Vídeos. [Porto Alegre, 2010] (Slides de aula).


SACRINI, Marcelo.Televisão digital interativa: expectativas de uso cultural e educativo. Comunicação & Educação. São Paulo, v. 11, n. 3, p. 353-364, dez. 2006. Disponível  em: < http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S0104-68292006000300005&script=sci_arttext >. Acesso em: 09 dez. 2010, 12:30. 


YouTube EDU. Descolando. Disponível em: < http://www.descolando.com.br/blog/2009/05/ >. Acesso em: 09 dez. 2010, 14:05.


Youtube EDU: aulas gratuitas de universidades americanas. Olhar digital. Disponível em: < http://olhardigital.uol.com.br/produtos/central_de_videos/assista-a-aulas-e-palestras-das-principais-universidades-americanas/8311 >. Acesso em: 09 dez. 2010, 14:00.